PSDB convida Michel Temer para disputar Presidência em 2026

PSDB convida Michel Temer para disputar Presidência em 2026

Partido inicia negociação para filiação do ex-presidente e avalia lançá-lo como candidato diante da fragmentação do MDB


O PSDB, em uma ofensiva para recuperar espaço no cenário político nacional, convidou o ex-presidente Michel Temer para filiar-se à sigla e disputar a Presidência da República nas eleições de 2026. 

Por que o movimento

Segundo fontes partidárias, o PSDB entende que o MDB, legenda à qual Temer pertence desde 1981, atravessa uma fase de divisão interna e teria dificuldades para viabilizar uma candidatura presidencial de peso. 
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou que as negociações estão em curso. 
Temer teria colocado condição para aceitar: disputar somente se uma ampla frente de centro-direita (com partidos como PL, União Brasil, PP, PSDB, MDB e Republicanos) se formasse em torno de seu nome — cenário classificado como pouco provável por interlocutores. 

A reação de Temer e do MDB

Apesar do interesse tucano, Temer em entrevista anterior afirmara que descarta disputar a Presidência em 2026, alegando ter cumprido praticamente todos os cargos públicos relevantes e não ter mais disposição para nova disputa. 
No MDB, a investida foi vista como uma manobra de bastidor do PSDB para “desestabilizar” projetos nacionais da legenda. 

Contexto eleitoral e desafios

  • O convite ocorre em momento em que o PSDB busca se reposicionar, após perdas eleitorais e queda de protagonismo. 

  • A criação de uma frente ampla em torno de Temer exigiria articulação entre diversos partidos de centro e centro-direita, o que até agora apparece como uma tarefa complicada. 

  • A própria disposição de Temer para concorrer permanece incerta, dado o seu posicionamento anterior de retirada da disputa.

  • Para o PSDB, essa manobra pode funcionar como plano B, caso o candidato direto do partido ou de aliados não se consolide.

Implicações

Caso Temer aceite o convite, será uma das candidaturas mais inesperadas da eleição de 2026, reunindo figura com alto conhecimento institucional, mas também com desgaste histórico. Para o PSDB, seria uma tentativa de aproveitar esse capital político.
Por outro lado, se Temer recusar, o PSDB precisará buscar outro nome que unifique o centro-direita — o que vem sendo debatido entre governadores e partidos aliados já há meses.

Próximos passos

Nos próximos meses, o PSDB deverá intensificar conversas com Michel Temer e demais legendas para verificar possibilidades de aliança. O MDB também deve definir se manterá na base de apoio ao governo ou se buscará um projeto próprio de oposição.
Se a filiação de Temer for formalizada, será preciso observar prazos partidários e legais para que ele possa concorrer.
Para o eleitorado, o período de pré-candidaturas deverá ganhar ritmo a partir de meados de 2025 até o final do próximo ano.

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