Nesta data, Bruno Campos Morato, que exerce o mandato de prefeito de Santana do Paraíso, comemora seu aniversário — momento que resume, para além da festa pessoal, visibilidade política, desempenho eleitoral avassalador e desafios de gestão que moldam sua administração.
Nos bastidores da política mineira, o nome de Bruno Campos Morato costuma vir acompanhado de duas palavras: disciplina e austeridade. Delegado de carreira, ele trouxe para a Prefeitura de Santana do Paraíso um estilo de comando direto, técnico e pouco afeito a aparições desnecessárias — o tipo de gestor que prefere os relatórios às manchetes.
Apesar do jeito reservado, Morato tem um controle firme sobre sua equipe e acompanha de perto cada etapa dos projetos — de licitação à execução. Secretários e assessores descrevem um líder que “cobra resultados, mas também dá autonomia”, algo incomum em administrações municipais.
Sua base política é sólida e coesa, sustentada não apenas pela popularidade nas urnas, mas por um perfil de gestor que se mantém alheio às disputas de ego e aos jogos partidários. Internamente, é visto como alguém que prefere resolver um problema com uma ligação direta ao invés de esperar reuniões prolongadas.
Bruno é conhecido por ter uma agenda de trabalho intensa, chegando cedo à prefeitura e saindo tarde, além de manter contato direto com comunidades, especialmente em regiões periféricas. Essa rotina criou uma imagem pública de gestor “presente”, que não se esconde em gabinete.
Outro ponto que desperta comentários é sua decisão de abrir mão do salário de prefeito, que se transformou num dos marcos simbólicos de sua trajetória. Para aliados, esse gesto reforça a imagem de honestidade e desprendimento; para críticos, foi também uma jogada política inteligente que ajudou a consolidar sua marca de “gestor que economiza com o próprio exemplo”.
A relação com servidores é pautada por respeito, mas também por cobrança. Há relatos de que Bruno não tolera atrasos em obras nem falhas na execução de contratos — postura que muitos veem como reflexo da sua experiência policial: foco, hierarquia e cumprimento de metas.
Nos bastidores, há ainda quem aposte que o nome de Bruno Morato pode ganhar projeção regional nos próximos anos, seja como liderança política no Vale do Aço ou até em cargos de representatividade estadual. Ele, por sua vez, evita comentar qualquer movimentação política futura, mantendo o discurso centrado em “trabalhar por Santana do Paraíso e entregar o que prometeu”.
Na eleição municipal de 2024, Morato obteve 90,02% dos votos válidos, derrotando o adversário Capitão Torres (9,98%). A magnitude do resultado sinaliza alta popularidade e ampla base de apoio local — fatores que fortalecem seu mandato, mas também elevam expectativas da população.
Renúncia de salário — economia para os cofres
Em um movimento que chamou atenção, Morato optou por renunciar ao salário de prefeito, preferindo receber apenas o vencimento de seu cargo anterior como delegado da Polícia Civil de Minas Gerais. Essa decisão, segundo a publicação, gerou economia estimada em até R$ 2 milhões ao longo do seu mandato.
Esse tipo de gesto, ao mesmo tempo simbólico e prático, contribui para a construção da imagem de gestor “econômico” e focado em resultados, mas também torna a gestão alvo de cobranças — afinal, a população espera ver os recursos resultarem em serviços efetivos.
Obras e investimentos que perpassam o mandato
Em seu primeiro mandato e já no início de sua nova etapa, Morato tem registrado avanços concretos:
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Em 2025, assinou a Ordem de Serviço para construção de um galpão de reciclagem com 1.100 m² no bairro Horto do Paraíso, com objetivo de melhorar a coleta seletiva e reduzir o envio de resíduos ao aterro.
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Em 2024, foi firmado termo de cooperação técnica dentro do programa Minas Reurb para beneficiar mais de 700 pessoas com regularização fundiária no município.
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Em maio/2025, a prefeitura assinou em Brasília protocolo que garante aproximadamente R$ 19,97 milhões para a área da saúde municipal, fruto de repactuação junto ao governo federal.


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