Ipatinga instalará pontos de coleta de lixo eletrônico em escolas da rede municipal
Iniciativa visa fortalecer a educação ambiental, facilitar o descarte correto de e-lixo e sensibilizar alunos e comunidade
A Ipatinga (MG) deu mais um passo em direção à sustentabilidade ao avançar com o projeto de instituir pontos de coleta de lixo eletrônico de pequeno porte nas escolas da rede municipal de ensino.
A proposição — o Projeto de Lei nº 254/2025, de autoria do vereador Leonardo Campos Silva (“Léo Enfermeiro”) — teve sua tramitação iniciada em outubro de 2025.
O que prevê o projeto
Conforme o texto protocolado na Câmara Municipal de Ipatinga, o projeto estabelece:
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Que se instale, nas escolas da rede pública municipal de ensino, coletores destinados ao chamado “lixo eletrônico (e-lixo) de pequeno porte”.
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Que se considere como e-lixo de pequeno porte itens como: aparelhos celulares e seus carregadores, rádios portáteis, tablets, MP3/MP4, câmeras fotográficas, pilhas, baterias portáteis e derivados.
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Que o Poder Executivo possa desenvolver campanhas de educação ambiental para alunos, comunidade escolar e público em geral sobre a responsabilidade pós-consumo desses aparelhos e os riscos ao meio ambiente.
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Que o material recolhido seja encaminhado para a central de recebimento de materiais da Prefeitura ou outro local designado para destinação adequada.
Por que a iniciativa é importante
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A ação vem em consonância com a Lei n.º 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e proíbe o descarte de equipamentos eletroeletrônicos como se fossem resíduos comuns.
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O descarte incorreto desses materiais — que podem conter metais pesados e substâncias tóxicas — representa risco ao solo, à água e à saúde humana.
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A inserção do programa nas escolas permite que a educação ambiental avance de forma prática: alunos e comunidade passam a presenciar, participar e internalizar a cultura do descarte correto.
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Para a cidade, que já enfrenta desafios no manejo de resíduos sólidos (como apontado por estudos da região), a ação representa um avanço direto no sentido de coletar e destinar resíduos eletrônicos que antes não tinham canal estruturado.
Situação atual e próximos passos
Embora o projeto esteja em fase legislativa (já foi protocolado e encaminhado às comissões correspondentes) — com data-limite para parecer no início de outubro de 2025.
Ainda não há, publicamente, cronograma detalhado de quando os coletores serão instalados em cada escola, quantas unidades escolares serão contempladas inicialmente ou qual será o parceiro responsável pela logística de recolhimento e destinação final.
A expectativa é que, após aprovação, seja definido em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação e com a unidade de gestão ambiental uma fase piloto e depois expansão para toda a rede municipal.
Desafios e o que observar
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Será importante garantir que a instalação dos coletores nas escolas seja acompanhada de campanhas de sensibilização para que alunos, pais e funcionários entendam o funcionamento, saibam quais itens podem ser descartados e participem ativamente.
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A logística de recolhimento, transporte e destinação final desses resíduos precisa estar bem estruturada para que a iniciativa não fique apenas no papel.
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A manutenção regular dos pontos de coleta, a definição clara de para onde os materiais serão encaminhados, e a transparência sobre os volumes recolhidos podem reforçar a credibilidade e o engajamento da comunidade.
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Integrar essa ação com outras iniciativas de educação ambiental pode ampliar os ganhos — por exemplo: oficinas, visitas técnicas, projetos interdisciplinares com alunos sobre reutilização, reciclagem e redução de resíduos.
Conclusão
A implantação de pontos de coleta de lixo eletrônico nas escolas da rede municipal de Ipatinga representa uma medida estratégica tanto para o meio ambiente quanto para a educação cidadã. Se bem implementada, pode transformar-se em referência no Vale do Aço ao demonstrar como a união entre educação, gestão pública e responsabilidade ambiental pode gerar impacto real.
Continuaremos acompanhando para ver quando esses coletores serão efetivamente instalados e como será a adesão de escolas, alunos e comunidade.

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