Lula e Janja escolhem embarcação flutuante para hospedagem durante a COP30 em Belém

Lula e Janja escolhem embarcação flutuante para hospedagem durante a COP30 em Belém


Em meio à crise hoteleira em Belém (PA) para a conferência, a Presidência da República informa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela da Silva (Janja) se acomodarão no “barco-hotel” Iana 3, contratado pela equipe presidencial, com justificativa de atender critérios de segurança, preço e conforto.



A capital paraense foi escolhida para sediar a COP30 entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. 
Diante de relatos de preços elevados na rede hoteleira de Belém e da escassez de leitos adequados para o evento, o presidente Lula afirmou em outubro que “não vou nem para hotel, vou dormir num barco”, frisando que a conferência “não será a COP do luxo”. 

O que se sabe até agora:

  • De acordo com a assessoria presidencial, Lula e Janja foram acomodados no Iana 3, barco-hotel da empresa Icotur Transporte e Turismo, atracado na Base Naval de Val‑de‑Cans, em Belém. 

  • O valor do contrato não foi divulgado pelas autoridades. Segundo reportagem, o custo estimado divulgado para embarcações de luxo semelhantes na região poderia chegar a cerca de R$ 450 mil para o período da conferência. 

  • A Presidência informou ainda que o navio da Marinha do Brasil — o Navio‑Aeródromo Multipropósito Atlântico — chegou a ser avaliado, mas não atendeu às especificidades de hospedagem exigi

  • Em nota oficial, o governo afirma que a empresa ou empresário anteriormente citados em reportagem como ofertantes do iate “não foram cogitados” e que o contrato se dará conforme “segurança, preço e conforto” — evitando, segundo o Palácio do Planalto, opções que configurassem “luxo”. 

Por que esta escolha (e a polêmica):

  • A demanda por hospedagem em Belém explodiu com a COP30: além dos delegados e chefes de Estado, milhares de participantes da sociedade civil, imprensa e representantes de países em desenvolvimento devem desembarcar na cidade, pressionando a infraestrutura local. 

  • A escolha de uma embarcação flutuante tem apelo simbólico alinhado ao discurso presidencial: mostrar que o evento será mais “real” e ligado aos desafios da Amazônia, e não uma vitrine de luxo.

  • No entanto, críticos apontam que a figura da hospedagem em “iate ou barco-hotel” pode conflitar com a narrativa de austeridade e proximidade com a população, levantando questionamentos sobre custo, transparência e adequação da acomodação para o chefe de Estado.

E agora — o que acompanhar:

  • Será importante acompanhar o contrato finalizado, valores contratados, quem é a empresa responsável e quais as cláusulas de fiscalização.

  • Monitorar a infraestrutura de Belém para receber o evento e se a hospedagem presidencial será usada como referência ou exceção.

  • Verificar como a escolha será percebida pela opinião pública, pela mídia internacional e pela sociedade civil — especialmente em um evento que discute justiça climática e impacto ambiental.


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