Lula anuncia Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal com promessa de até 30 anos no cargo
Indicação ao lugar de
Luís Roberto Barroso destaca perfil jovem e alinhado ao Palácio; oposição já
admite falta de votos para barrar nome no Senado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a intenção de indicar o
atual ministro da Advocacia‑Geral da União (AGU), Jorge Messias, para ocupar a
vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal
(STF). A escolha ainda depende de confirmação oficial e sabatina no Senado, mas
já move o tabuleiro político em Brasília.
Por que a escolha
Jorge Messias, 45 anos, é visto como figura próxima ao Palácio do Planalto e
desfruta de forte apoio interno no governo. Caso seja confirmado, poderá ficar
até 30 anos no STF antes de alcançar a aposentadoria
compulsória aos 75 anos.
Além disso, sua indicação representa mais do que um nome técnico: sinaliza o
desenho estratégico de composição do tribunal, com a escolha de perfis mais
jovens que permitam maior permanência e influencia futura na Corte.
Reação política
A oposição no Senado já admite que não reúne votos suficientes para vetar a
indicação de Messias — estimativas informais apontam algo em torno de 30
contrários, abaixo do necessário para barrar o candidato.
Por outro lado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cobra que o governo
considere outros nomes ou realize algum gesto político antes do anúncio
oficial, visto que o senador Rodrigo Pacheco era outro forte cotado para a
vaga.
O impacto para o STF
A entrada de Messias poderia modificar o perfil de médio prazo da Corte: com
diversos ministros ainda abaixo dos 60 anos, a permanência prolongada de um
novo integrante jovem tende a garantir estabilidade na composição e maior
previsibilidade das decisões.
Também se coloca em foco como a indicação reflete o projeto de poder do
governo, dado que uma permanência de décadas pode influenciar a relação entre
Executivo, Legislativo e Judiciário.
O próximo passo
Concluída a indicação, Jorge Messias passará por sabatina na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, seguida de votação no plenário. Em
paralelo, o governo articula apoio político e negociações institucionais para
garantir aprovação. Até o anúncio, o nome ainda não foi oficializado.

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