Câmara reage a críticas de Lula e aprova moção de repúdio ao presidente
Comissão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprova moção de repúdio ao Luiz Inácio Lula da Silva por declaração que o Congresso vive “o pior nível já visto”
A comissão da Câmara dos Deputados responsável por segurança pública aprovou nesta terça-feira (21 /10 /2025) um requerimento para moção de repúdio ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula, após suas críticas ao Parlamento.
Contexto
Durante um evento realizado no dia 15 de outubro no Rio de Janeiro, com a presença do Presidente da Câmara, Hugo Motta, o presidente da República afirmou que o Congresso Nacional “nunca teve a qualidade de baixo nível como até agora”.
O requerimento (REQ 429/2025), apresentado pelo deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), qualifica a declaração como “agressão inaceitável ao Poder Legislativo” e “desrespeito à vontade do povo”.
O que foi aprovado
A moção de repúdio foi aprovada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.
A medida é simbólica, não implica sanção jurídica direta, mas representa uma manifestação formal de descontentamento e reforça o conflito institucional entre Executivo e Legislativo.
Significado e implicações
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Para a comissão, o pronunciamento de Lula fere o princípio da harmonia entre os Poderes, essencial para o funcionamento democrático.
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Já para o governo e aliados, a fala pode ser vista como crítica política legítima, embora o Legislativo entenda que ultrapassa os limites do respeito institucional.
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O episódio reforça o ambiente de tensão entre o governo federal e o Congresso Nacional, que já vinha manifestando divergências em outras frentes.
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Embora a moção por si só não gere consequências formais diretas para o presidente, ela pode repercutir politicamente – tanto no relacionamento entre os poderes quanto na percepção pública sobre o diálogo entre governo e parlamento.
Próximos passos
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Ainda não ficou definido se a moção será levada ao plenário da Câmara ou se outras comissões irão se manifestar.
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O governo pode responder formalmente à moção ou evitar recrudescer o conflito, conforme estratégia política.
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O episódio poderá entrar no cálculo de alianças partidárias para 2026-27 ou influenciar debates sobre reforma institucional, estabilidade e governabilidade.

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