Trabalhadores da Copasa ocupam ALMG contra PEC que facilita privatização
Mais de 6 mil pessoas protestam contra proposta que retira exigência de referendo popular para venda da estatal
Na última quarta-feira (22), mais de 6 mil trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) ocuparam a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/23, apresentada pelo governador Romeu Zema (Novo). A PEC visa eliminar a exigência de referendo popular para a privatização de estatais, incluindo a Copasa
O ato ocorreu durante uma audiência pública da Comissão de Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, que discutia os impactos da proposta. Os manifestantes, com faixas e cartazes, expressaram seu repúdio à medida, destacando que a privatização da Copasa comprometeria a qualidade dos serviços de saneamento e aumentaria as tarifas para a população
A deputada Beatriz Cerqueira (PT) ressaltou a importância da mobilização, afirmando que a ALMG nunca recebeu um ato tão representativo. Ela defendeu a realização de uma vigília permanente na Casa, dado que várias reuniões extraordinárias do Plenário estão convocadas com a PEC na pauta
A proposta de Zema já foi aprovada em primeira votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALMG e está prevista para ser discutida em segundo turno na próxima semana. Caso aprovada, permitirá a venda da Copasa sem consulta popular, contrariando a Constituição estadual, que exige referendo para esse tipo de desestatização
A mobilização dos trabalhadores reflete a crescente resistência à privatização de serviços essenciais em Minas Gerais, como água e energia, que são considerados direitos fundamentais pela população.

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