Governo federal avalia apoio a famílias de mortos em megaoperação no Rio de Janeiro

Governo federal avalia apoio a famílias de mortos em megaoperação no Rio de Janeiro


Após ação policial nos complexos da Penha e do Alemão que resultou em ao menos 117 mortos, o Luiz Inácio Lula da Silva estuda auxílio às famílias, mas o Palácio do Planalto age com cautela devido à repercussão política. 



O governo federal está avaliando se vai oferecer apoio formal às famílias dos mortos na operação policial realizada nos dias 28 e 29 de outubro de 2025 nos complexos da Complexo da Penha e da Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. 

Número de vítimas e contexto

  • O governo do estado do Rio contabiliza 119 mortes — 115 civis e 4 policiais — na operação, embora o número ainda possa subir. 

  • A operação foi considerada a mais letal da história do estado segundo especialistas. 

  • A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, esteve na comunidade, ouviu relatos dos moradores e classificou a ação como “um fracasso”. 

Avaliação do governo federal
Segundo relatos, a ministra Macaé Evaristo defende que a União ofereça assistência às famílias atingidas pela operação.  Contudo, no Palácio do Planalto prevalece a cautela: há receio de que o auxílio seja interpretado como apoio indireto a integrantes de facções criminosas ou gere desgaste político. 

Por ora, a tendência apontada é que o suporte — se confirmado — caiba prioritariamente ao governo estadual, que autorizou e coordenou a operação.

Demandas da comunidade
Durante a visita às comunidades pela ministra Macaé Evaristo e pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foram apresentadas solicitações de:

  • perícia independente para apurar os fatos da operação. 

  • atendimento psicossocial às famílias afetadas. 

  • melhorias nas condições de moradia, emprego e educação na região. 

Repercussão política e social
A operação gerou forte repercussão:

  • Parlamentares denunciaram que se tratou de uma “chacina” policial. 

  • Pesquisa apontou que 55,2% dos moradores do estado aprovam a ação policial, enquanto 42,3% desaprovam. 

  • O governador do Rio, Cláudio Castro, por sua vez, declarou que a ação foi um “sucesso” e que os únicos mortos foram os quatro policiais. 

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