Senado instala CPI para desarticular milícias e facções em atuação nacional
“Colegiado terá 120 dias para investigar estrutura, expansão e financiamento de grupos criminosos — iniciativa ocorre após megaoperação policial no Rio”
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O Senado Federal decidiu instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, com o objetivo de investigar a fundo a atuação, expansão e funcionamento de milícias e facções criminosas em todo o país.
A instalação está marcada para terça-feira, 4 de novembro de 2025, conforme anúncio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, após entendimentos com o autor do requerimento, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
A proposta de criação da CPI já contava com 27 assinaturas em fevereiro de 2025, número suficiente para instalar o colegiado, e subsequentemente chegou a apoio de cerca de 31 senadores.
O requerimento original definia que a comissão seria composta por 11 membros titulares e 7 suplentes, com prazo de funcionamento de 120 dias para concluir os trabalhos.
Entre as atribuições da CPI estão investigar o modus operandi das organizações criminosas, as condições de seu surgimento e expansão em diferentes regiões brasileiras, suas estruturas de tomada de decisão, e propor aperfeiçoamentos à legislação vigente para combate mais eficaz.
O anúncio da instalação da CPI ocorre em contexto de alta atenção pública à violência e ao crime organizado, especialmente após mega-operação policial no Complexo do Alemão/Complexo da Penha, no Rio de Janeiro — o que reforça a urgência atribuída à investigação.
A expectativa que rege a iniciativa é que a CPI não seja apenas simbólica, mas ofereça diagnósticos robustos e encaminhamentos práticos para que o Estado brasileiro recupere terreno no enfrentamento ao crime organizado — tanto no aspecto repressivo quanto no inibir das redes financeiras ilícitas.

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